Biografia

Vagner Dotto
(Caçapava do Sul,1945 – Santa Maria,1994)
Desenhista, pintor e gravador

Iniciou-se em arte na infância em sua cidade natal. Transferiu-se em 1965 para Porto Alegre, quando passa a receber orientação do professor e filósofo Gerd A. Bornhein. Torna-se bacharel em Desenho e Pintura pelo Instituto de Artes da UFRGS. Recebeu medalha de prata no III Salão da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, 1975.

Em 1978 realizou trabalhos de criatividade com pacientes do Hospital São Pedro e internos do Presídio Central de Porto Alegre.

Em 1980 reside um período na cidade do México, realizando estudos na Escola de Pós-Graduação de São Carlos.

De 1972 a 1992 participou de salões e coletivas, tendo obtido prêmios no 43º Salão Paranaense, Curitiba, 1986, XII Salão de Ribeirão Preto, SP, e Salão de Piracicaba, SP, ambos em 1987.

Foi detentor do troféu da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (Chico Lisboa), Porto Alegre, 1992 e 1993.

Realizou individuais em Porto Alegre, Pelotas, Novo Hamburgo e Santa Maria em diversas ocasiões.
Em 1985, passou a residir em Santa Maria, onde lecionou desenho na Universidade Federal. Manteve nesta cidade atelier particular com grupo de alunos. Foi diretor da Sala de Exposições da UFSM. Contribuiu para a formação e realização de salões locais e da organização do Museu de Arte de Santa Maria.

A partir de vigorosa série de desenhos denominada Cem Anos de Solidão, retornando do México, e das figuras travestidas de A Cabana do Turquinho, passa a ser notado pela crítica nacional. Recebe incontáveis prêmios, como o de viagem ao estrangeiro (Paris), Curitiba.

Participou da edição de 1980 do Panorama da Arte Atual Brasileira, em desenho, Museu de Arte Moderna, São Paulo. Neste mesmo ano seu trabalho é apreciado em diversas Universidades Norte-Americanas, em projeto coordenado por Alfred Daniel Frederick.

Em 1995, o Museu de Arte de Santa Maria dedica-lhe retrospectiva e denomina Sala de Exposições com seu nome.

Artista invulgar, realizou obra extensa e diversificada tanto no sentido temático quanto técnico, obedecia o que sua intuição determinava e, agindo dessa maneira, lançava-se aos desafios que se impunha. Procedeu assim com a cerâmica, escultura, desenho, gravura em diversas modalidades, pastel, guache e pintura, mostrando a multiplicidade de seu talento.

Um fato em sua trajetória que atingiu repercussão nacional foi quando protestou pela poluição do rio Guaíba, jogando da ponte esculturas, performance baseada em Modgliani, em 1984. Catalogado pelo MARGS, Porto Alegre, consta em seu acervo como Vagner Rodolfo Dotto.

Texto do Verbete: Vagner Dotto extraído do Dicionário de Artes Plásticas do Rio Grande do Sul,
de Renato Rosa e Decio Presser.

1ª Edição. 1997 – Editora da Universidade/UFRGS.

Sem título - óleo sobre cartão, 1999 - 66 x 47 cm

Sem título – óleo sobre cartão, 1999 – 66 x 47 cm

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