O artista alemão JOHANNES BARTHOLOMÄUS DUNTZE foi brilhante pintor ao retratar paisagens de inverno com água congelada e chão coberto de neve. E é exatamente um destes temas que está na exposição RARÍSSIMAS OBRAS DE PINTORES ALEMÃES, um raro óleo sobre tela datado de 1874.

Ele nasceu em Rablinghausen perto de Bremen ao sul de Düsseldorf em 06 de maio de 1823 e morreu 72 anos mais tarde, em 20 de maio de 1895 em Düsseldorf.

Para sua formação artística em 1838, Duntze vai primeiro para a ACADEMIA DE ARTE DE MUNIQUE, depois torna-se aluno particular do professor AUGUST WILHELM KRAUSE em Berlim e de lá viaja para Antuérpia. De 1851-1852 trabalha no atelier de ALEXANDRE CALAME(1810-1864), em Genebra e, nesses primeiros anos, mostra suas pinturas em exposições em Wiesbaden e Bremen.

Também estudou os mestres holandeses, tais como Hobbema, Ruysdael e Paul Potter, todos cujo trabalho parece ter influenciado o próprio estilo de Duntze.

Depois de Genebra, seguiu-se uma curta estadia em Paris até 1856, quando Duntze retorna a Düsseldorf. Apesar de suas numerosas expedições de pintura, ele permaneceu em Düsseldorf para o resto de sua vida.

Durante os meses de verão muitas vezes ele foi para a Noruega, onde retratou as majestosas montanhas e fiordes, particularmente Sognefjord, Fjord Bewegter, fiorde de Hardanger e muitos outros.

Seu trabalho consiste principalmente em imagens do Baixo Reno e paisagens do inverno holandês, representações de montanhas alpinas e vistas de fiordes noruegueses. Os motivos para isso, ele recolhe em viagens para a Bélgica, Holanda, Noruega, no Tirol e Suíça, mas também a área circundante dos vales dos rios Reno, Mosela e Lahn o fascinam. Seu desenho fino e pintura translúcida orienta-se mais pelos mestres holandeses do que a tradição da Escola de Düsseldorf.

Duntze desfrutava de um forte prestígio junto ao público e críticos.

Ele enviou seu trabalho para a Inglaterra, Suíça, Viena e também na Noruega, onde ele expôs na Academia de Copenhague. Ele também desfrutava de popularidade em seu país e entre 1866-1888 foi um colaborador regular das mostras anuais de Berlim e na Dresden Akademie. Sua obra é amplamente representada em coleções particulares da Alemanha e Inglaterra. Muitos museus adquiriram seu trabalho, incluindo o Hanover Provinzialmuseum, o de Genebra Ariana e museus de Stuttgart, Mainz e de Berna.

Duntze anima suas descrições da natureza, muitas vezes com miniaturas – figuras decorativas e motivos arquitetônicos que transformam a paisagem em um personagem de uma narrativa encenada.

Mas apesar de seu humor idílico e fantasioso ser influenciado pelo interesse de Duntze em paisagens, o reconhecimento topográfico de motivos e sua sensibilidade aos fenômenos – luz de certas horas do dia e condições meteorológicas – também podem ser apreciados nelas. Acima tudo, as suas muitas representações de prazer pelo inverno são valorizadas por seus efeitos de iluminação surpreendentes. Sua pintura clara e detalhado estilo virtuoso conservam-se até sua morte em 1895.