Biografia
Pintor e gravador. Passo Fundo, RS, 1936. Formado pela Escola de Artes da UFRGS, Porto Alegre, fez aperfeiçoamento em pintura com Ado Malagoli em 1961. Desde 1962 participa de salões e coletivas, expôs individualmente em Porto Alegre, em inúmeras ocasiões, e em outras capitais.
Detentor de diversas premiações,recebeu, em 1973, o prêmio Pedro Weingärtner no II Salão de Artes Visuais da UFRGS, com a pintura em grande formato Homenagem a um orixá. Foi professor no Instituto de Belas-Artes de Novo Hamburgo e no Atelier livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Dedicou-se um período ao paisagismo com muito acerto, onde captava de forma personalizada as olarias dos arredores de Porto Alegre. Atualmente seu motivo é a figura de manequins.
Em 1994 expôs individualmente na Galeria Iberê Camargo, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, e Galeria Alencastro Guimarães, comemorando trinta anos de pintura. Para José Luiz do Amaral: “Paulo Porcella é um pintor que conhece os segredos do seu fazer, o que lhe permitiu impor-se como artista e como professor” e mais adiante, “suas figuras podem talvez evocar no espectador a lembrança da desolação das paisagens, da opulência agressiva da carne crua e do sangue, ou mesmo a solidão e o drama humano tomado como enigma na relação entre manequins, armaduras e figuras femininas”.
É focalizado por Jacob Klintowitz em Versus: 10 anos de crítica de arte. Porcella vive e trabalha em Porto Alegre. Consta no Dicionário brasileiro de artistas plásticos, é citado em História geral da arte no Brasil, de Walter Zanini. Está catalogado no MARGS e seu nome completo é Paulo Magali de Mello Porcella.
Este museu possui em seu acervo Desenho I e Magia dos Espaços,acrílico e vinil sobre tela, e O Ponto, tinta acrílica sobre tela. Paulo Porcella: em 1999 finalizou a pintura mural O caminho: uma visão renovada dos jesuítas, composta de oito estágios, para a UNISINOS, São Leopoldo, RS. E em fevereiro/março de 2000 participa do projeto ENARTS, em sua segunda edição da fase internacional, através de mostra coletiva em Santiago de Compostela, Espanha.
Esta biografia foi retirada do Dicionário Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. Autores: Renato Rosa e Décio Presser – Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Escultor, pintor, ceramista e arquiteto, nascido em Montevidéu no dia 1º de novembro de 1923. Sua vocação apareceu logo na juventude. Partiu para Buenos Aires vinculando-se ao meio artístico. Regressou ao Uruguai na década de 40 e iniciou seu trabalho com extrema dedicação e paixão pelo tema afro-oriental em parceria com o Candombe, ritmo afro-uruguaio que envolve tambores. Vilaró se entregou totalmente à pintura e decoração dos candombes, incentivando e dirigindo o movimento folclórico. Esgotadas as explorações e atuações do tema, partiu para uma viagem a todos os países onde a negritude tinha presença marcante: Brasil, Senegal, Congo, República Dominicana, Haiti, Camarões, Nigéria etc. O artista manteve com lealdade e firmeza o tema afro-uruguaio na sua vida e carreira. Radicado finalmente em Punta Ballena, no Uruguai, montou seu atelier, melhor dizendo, modelou com suas próprias mãos a Casapueblo, sua “escultura habitável”, que hoje é “club hotel”, museu e atelier deste fantástico pintor-escultor uruguaio. Páez Vilaró entrou então para o universo da escultura utilizando todos os tipos de materiais, cabos de aço, bronze, pedaços de madeira ou qualquer coisa que permita fluir sua criatividade. Rompe com as regras e as tradições e sempre lembra do povo primitivo e sua coragem de expressão.