Biografia
BRUNO GIORGI
Autor de monumentos símbolos do Distrito Federal, o paulista Bruno Giorgi é um dos mais importantes escultores do Brasil. Além de “OS CANDANGOS”, ou “OS GUERREIROS”, como havia sido inicialmente batizada a obra da Praça dos Três Poderes, ele deixou sua marca em mármore branco de Carrara, com a abstração “METEORO”, exposta no lago do prédio do Ministério das Relações Exteriores.
Esculpido em 1967, é um marco da fase abstrata do artista, cunhada em cerca de 17 toneladas de mármore, esculpido na Itália e levado pronto a Brasília. O mármore branco de Carrara só passa a fazer parte do repertório de Giorgi após meados de 1960, quando ele também, aos poucos, abandona a figuração (ainda presente em “Mulher com a mão nos cabelos”) e passa a explorar as formas geométricas.
DADOS BIOGRÁFICOS
Bruno Giorgi nasceu em Mococa, interior de São Paulo, filho de italianos da região da Toscana. Logo, aos seis anos de idade, voltou para Itália, Roma, onde posteriormente iniciaria seus estudos em desenho e escultura.
Em 1920 inicia estudos de desenho e escultura com o professor Loss. Participa de movimentos antifascistas. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a sete anos de prisão. É extraditado para o Brasil em 1935, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália. Em São Paulo, trava contato com Joaquim Figueira (1904 – 1943) e Alfredo Volpi (1896 – 1988). Em 1937, viaja para Paris e freqüenta as academias La Grand Chaumière e Ranson, onde estuda com Aristide Maillol (1861 – 1944), pintor e escultor francês que acaba por ser uma das referências de sua escultura figurativa, influenciando-o por toda a carreira.
Em 1939, retorna a São Paulo e convive com Mário de Andrade (1893 – 1945), Lasar Segall (1891 – 1957), Oswald de Andrade (1890 – 1954) e Sérgio Milliet (1898 – 1966), entre outros. Começa a praticar desenho de modelo-vivo e pintura com os artistas do Grupo Santa Helena e integra a Família Artística Paulista – FAP.
Em 1943, transfere-se para o Rio de Janeiro. A convite do ministro Gustavo Capanema (1900 – 1985) instala ateliê no antigo Hospício da Praia Vermelha, onde orienta jovens artistas como Francisco Stockinger (1919). Possui obras em espaços públicos como Monumento à Juventude Brasileira, 1947, nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde – MES, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; Candangos, 1960, na praça dos Três Poderes, e Meteoro, 1967, no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; e Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Obras
Autor: BRUNO GIORGI
(MOCOCA/SP,1905 – RIO DE JANEIRO/ RJ 1993)
Título: “METEORO” / Déc. 60
Técnica: ESCULTURA EM BRONZE CINZELADO E PATINADO
Altura: 36cm
BRUNO GIORGI – “Meteoro”, escultura contemporânea em bronze cinzelado e patinado apoiada sobre base em granito negro, assinada. Med.: 42 cm.
METEORO é uma peça imortalizada por Bruno Giorgi, localizada sobre o espelho d’água em frente ao Palácio Itamaraty, em Brasília e produzida em mármore branco de carrara. A obra de arte que foi esculpida entre 1967 e 1968 é montada com cinco partes de uma esfera vazada estilizada, significando os laços diplomáticos entre os cinco continentes.
Autor: BRUNO GIORGI (MOCOCA/SP, 1905 – RIO DE JANEIRO/RJ, 1993)
Título: “TENSÃO” / Déc. 60 Ass. Base
Técnica: ESCULTURA EM BRONZE CINZELADO E PATINADO
Dimensões: 27cm X 19cm
Autor: BRUNO GIORGI (MOCOCA/SP, 1905 – RIO DE JANEIRO/RJ, 1993)
Título: “CANDANGOS”
Técnica: ESCULTURA EM BRONZE CINZELADO E PATINADO
Dimensões: 118 cm altura total (da ponta da haste à base), 102cm sem a lança
Obra semelhante e de igual medida está reproduzida no livro Bruno Giorgi 1905-1993,
Edições Pinakotheke, à página 63 em foto que mostra o artista em sua residência