Nascido em Roma, em 1918, ele foi estimulado em sua veia artística pelo pai e pela mãe, a pianista Maria Bianco-Lanzi. Aos 6 anos, o filho de Francesco Bianco, escritor e correspondente internacional do “Jornal do Brasil”, já pintava.

Costumava dizer que os pais sempre quiseram ter um filho pintor e, de memória invejável, orgulhava-se ao lembrar que teve “o privilégio de aprender com mestres italianos como Deoclécio Redig de Campos, que dirigiu o Museu do Vaticano, e Dante Ricci, que foi professor da família real”.

Em 1937, o artista perdeu a mãe, e a família decidiu vir ao Brasil com o pai, antifascista então perseguido por Mussolini. A mudança para o país seria marcante para a história não só do clã, mas para o desenvolvimento do Modernismo brasileiro. Bianco foi o principal assistente de Portinari, com quem primeiro estudou e depois trabalhou, dos anos 1930 até sua morte. Foi escolhido pelo mestre para ser padrinho de seu único filho, João Candido Portinari.

Ao som de ópera, Bianco pintava diariamente no ateliê que mantinha em casa, em São Conrado. Chegou a expor 30 de suas telas recentes em 2011, numa galeria no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana. Seu filho Paulo Bianco passou a certificar as obras do pai e tem registrados e autenticados mais de 600 trabalhos.

BIOGRAFIA RESUMIDA
1918 – Nasce em Roma, Itália;
1935 – Participa da 1ª Quadrienalle Nazionale d’Arte, em Roma, após diversas exposições individuais na mesma cidade;
1937 – Vem para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro, onde expõe pela primeira vez, individualmente, em 1940;

No fim da década de 30, ligado desde então a Portinari, trabalha como assistente na execução dos murais para o antigo Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. Essa colaboração se estenderia por muitos anos, inclusive quando Portinari realizou os painéis “Guerra” e “Paz” para a sede da ONU, em Nova York. Enrico Bianco participou do grupo de intelectuais composto por Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Affonso Eduardo Reydi, Villa-Lobos e outros, que na década de 40 fizeram no Brasil o movimento renovador da arte contemporânea;

1941/1942 – Realizou exposições em São Paulo;
1951 – Participa da 1ª Bienal de São Paulo;
1956 – Exposição Individual na Petite Galerie, Rio de Janeiro;
1958 – Exposição Individual na Galeria Tenreiro, Rio de Janeiro;
1960 – Participa como convidado, da 2ª Bienal International do México;
1961 – Exposição Individual na Petite Galerie, Rio de Janeiro;
1963 – Exposição Individual em várias capitais da Europa, a partir da “Exposición de America Y España”;
1964 – Exposição Individual em Lisboa(Portugal) e New Orleans(EUA);
1965 – Exposição Individual na Galeria da “Casa do Brasil”, em Roma
1966 – Exposição Individual na Petite Galerie, Rio de Janeiro;
1968 – Exposição Individual na Galeria Ranulpho, Recife;
1968 – Exposição Individual na Petite Galerie, Rio de Janeiro;
1970 – Exposição Individual na Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro;
1972 – Exposição Individual na Galeria Cocabana Palace, Rio de Janeiro;
1973 – Exposição Individual na Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro e São Paulo;
1975 – Exposição Individual na Galeria Graffiti, Rio de Janeiro;
1976 – Exposição Individual na Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro e São Paulo;
Executou obras murais, destacando-se os da Associação Comercial do Rio de Janeiro, do Teatro do Parque do Flamengo, da Sala Cecília Meireles e para as agências do Banco Boavista e do antigo Banco do Estado da Guanabara;
1978 – Exposição Individual na Mini-Galery, Rio de Janeiro;
1980 – Exposição Individual na Galeria Renot, São Paulo;
1981 – Exposição Individual na Galeria Dezon, Rio de Janeiro;
1982 – Exposições retrospectivas, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, de 29 de setembro a 17 de outubro, e no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, de 4 a 30 de novembro;
1983 – Exposição coletiva, 6ª Exposição de Belas Artes, Brasil-Japão, Rio de Janeiro;
1985 – Salão Preto e Branco: Sala especial do 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade, Rio de Janeiro;
1992 – Exposição Coletiva, Artista convidado para a exposição da ECO 1992, Rio de Janeiro;
1993 – Exposição Coletiva, 100 obras-primas da coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP, São Paulo;
1995 – Exposição Coletiva, 1º Riocult, no Riocentro, Rio de Janeiro;
1996 – Exposição Coletiva, “Visões do Rio”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e exposição Individual no Palácio do Itamaraty, Brasília;
1997 – Exposição Individual na Fundação Benedito Calixto, Santos e exposição Individual na Galeria de Arte André, São Paulo;
1998 – Exposição Coletiva, “Futebol em Arte”, na Galeria de Arte André, São Paulo;
2000 – Exposição Coletiva na Galeria Ricardo Camargo, São Paulo;
2003 – Exposição Individual cultural na Errol Flynn Galeria de Arte, onde foi idealizado o certificado de autenticidade do Projeto Enrico Bianco, Belo Horizonte;
2005 – Exposição Individual na Galeria Colecionador, Rio de Janeiro;
2008 – Exposição Individual na Galeria Dom Quixote, Rio de Janeiro,
2009 – Exposição Individual no Museu Nacional, Brasília;
2010 – Exposição Individual no Congresso Nacional, Brasília;
2011 – Exposição Individual na Galeria Colecionador, Rio de Janeiro;
2012 – Exposição Individual “75 anos de pintura” na Errol Flynn Galeria de Arte, Belo Horizonte.
2013 – Morre no Rio de Janeiro aos 94 anos no Rio de Janeiro em 07 de março de 2013.