Biografia
Pintor, desenhista e gravador. Rio Grande, RS, 1938, Porto Alegre, RS, 2006. Sua carreira inicia com participação no Salão de Artes Plásticas da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (Chico Lisboa), 1957, como pintor, e a primeira mostra individual ocorre no Instituto Brasileiro Norte-americano em Porto Alegre, 1963. Em 1965 é incluído no álbum Dez gravadores gaúchos, edição de Júlio Paccello, São Paulo. Participa do Salão de Abril do MAM, Rio de Janeiro, 1966, e, nesse mesmo ano, expõe na Galeria Guignard, Belo Horizonte. E participante da I Bienal Nacional de Artes Plásticas de Salvador e obtém o prêmio “ex-aequo”, na II Exposição da jovem Gravura Nacional no MAC de São Paulo. Em 1967 expõe na IX Bienal Internacional de São Paulo. Mereceu inúmeros prêmios em salões nacionais: aquisição em Belo Horizonte, Cidade de Porto Alegre, Salão do Paraná, Isenção de Júri no Salão Nacional, no Rio de Janeiro, 1969, seleção brasileira da X Bienal Internacional de São Paulo, Salão de Campinas e representação brasileira na I e II Bienal Latino-Americana del Grabado, San Juan de Puerto Rico, XI Bienal Internacional de São Paulo, Grabados em Lima, Artes Gráficas no Museo de La Tertullia, Caiu, Colômbia. Recebe aquisição no I Salão de Artes Visuais da UFRGS, Porto Alegre, 1970. Realiza sua primeira individual em São Paulo, 1971, com o escultor Francisco Stockinger, na Galeria Astréia. A partir desta data vai abandonando gradativamente a gravura. Alterna o desenho, a serigrafia e a pintura. No início dos anos 80 realiza exposições individuais em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba e Campinas, (com temas esportivos, acompanhando nessas cidades a Copa Koch-Tavares de tênis) e São Paulo, galeria Aki, a convite do arquiteto Ruy Ohtake. Integrou, como artista convidado, exposições nacionais e internacionais como Créativité dans l’Art Brésilien Contemporain, Musées Royaux des Beaux-Arts de Beigique, Bruxelles, 1978.
É verbete com reprodução no Dicionário das artes plásticas no Brasil e Brasil arte 50 anos depois, ambos de Roberto Pontual, Dicionário brasileiro de artistas plásticos, Dicionário de pintores brasileiros, de Walmir Ayala, História da arte brasileira, de Pietro Maria Bardi, e História geral da arte no Brasil de Waiter Zanini. Em Mestres do desenho brasileiro e Artistas gravadores brasileiros, ambos de Jacob Klintowitz consta com diversas ilustrações. No livro A criação plástica em questão, Walmir Ayala registra-o com extenso depoimento. Em ampla análise de seu trabalho, Jacob Klintowitz refere que “Fuhro é um sensível aparelho registrador, olhos e memória percepção e mão emoção e gesto. Um artista profundamente tocado pela realidade que, no seu caso, é composta de imagens repetidas, vibrantes padrões visuais, instrumentos de sopro ornamentos”. Este mesmo crítico lhe convida para integrar mostra representativa de arte brasileira, em 1991, no Museu Real da Dinamarca. Carlos Scarinci analisa e reproduz seu trabalho em A gravura no Rio Grande do Sul 1900-1980. Em 1995 participa de A arte vê a moda, Galeria Xico Stockinger, na Casa de Cultura Mario Quintana. Está catalogado pelo MARGS. Possui obras em museus brasileiros e internacionais como o da Universidade de Stanford, Califórnia, Estados Unidos. Notabilizou-se pela criação de figuras mascaradas, influência assumida de histórias em quadrinhos e esportistas (golfistas, tenistas, skatistas, jogadores de futebol ciclistas, etc.). A figura feminina tem papel importante em sua obra. Um fato que chama atenção é que embora seja publicitário (contato), nunca praticou, como pensam, arte publicitária, mas não descarta a interferência dos meios de comunicação no trabalho. Dedica-se à pintura em Porto Alegre, cidade onde reside. Assina H. Fuhro ou Fuhro. Seu nome é Henrique Leo Fuhro.
Fonte: ROSA, Renato e PRESSER, Décio . Dicionário de Artes Plásticas do Rio Grande do Sul. p. 18, 25, 29, 31, 48, 247, 248 e 249. 1ª e 2ª ed. Porto Alegre, Ed. da Universidade Federal do RGS, respectivamente, 1997 e 2000.