Biografia
(Uruguaiana, RS, 16 de abril de 1914 – Porto Alegre, RS, 9 de dezembro de 1998)
“Vasco Prado é um monumento”, costumava dizer Iberê Camargo, que nasceu no mesmo ano que o amigo, 1914, e dividiu ateliê com ele na juventude.
“Ele conhece muito a profissão, eu o consulto sobre muitas coisas”, admitia Xico Stockinger, outro grande nome da escultura gaúcha.
“O meu trabalho é esse: cavalos, mulheres, torsos”, sintetizava Vasco. Trabalhava por prazer, não por fado, todos os dias.
Reconhecia o desenho como base de tudo.
A linha firme do mestre, que admitia ter começado copiando Michelangelo, traçava cavalos, mulheres roliças, o Negrinho do Pastoreio que descobriu nos contos de Simões Lopes Neto e que em suas mãos primeiro surgiu agonizante, crispado, depois voltou ereto, depois triunfante, depois portador do sol e da esperança.
Vasco nasceu em Uruguaiana e morou em Minas e no Rio antes de voltar ao Rio Grande do Sul, aos 14 anos.
Escolheu viver no seu Estado e dedicou a vida a dar forma em pedra, bronze e cerâmica às lembranças que guardou do pampa.
“Aqui fiquei e não me arrependi.”