Local: Café do Porto (R. Padre Chagas, 293)
Quando: de 1º a 23 de maio, com vernissage no dia 1º/5, às 19h30.


Exposição:
A exposição consiste de 31 desenhos feitos a nanquim e acrílica, em preto e branco, 1 por dia, durante um mês. Os temas vão do sombrio ao otimista e os estilos/técnicas de cada obra são diversos: realismo, surrealismo, desenho de observação, cartoon, mangá e abstracionismo, ou uma combinação dos mesmos, evidenciando tanto a formação do autor em Artes Visuais quanto suas experiências em 7 anos de ilustração publicitária.

O autor busca expressar através de metáforas visuais reflexões e sentimentos sobre a atualidade, sobre as relações interpessoais via mediadores digitais, sobre a relação do indivíduo consigo mesmo e sobre a relevância da própria arte na era da informação.
 


Exposição: 31 Dias a Nanquim – Yuji Schmidt

A exposição consiste de 31 desenhos feitos a nanquim sobre papel. As obras foram produzidas como participação para um desafio internacional para artistas realizado através de mídias sociais, chamado Inktober. O evento é anual e envolve criar e postar em mídias sociais um desenho por dia durante o mês de outubro, utilizando nanquim (materiais adicionais ao gosto do artista). O desafio foi criado pelo ilustrador americano Jake Parker, inicialmente como forma pessoal de exercitar a disciplina, eventualmente se popularizando entre artistas do mundo todo. O tema de cada dia é livre, mas também é possível utilizar como base uma lista de palavras fornecida pelo criador do evento.

A exposição foi pensada partindo então desta proposta, para ser vista de duas formas: presencial/física e remota/digital. Seguindo por este caminho duplo, ela pretende estabelecer um diálogo entre passado e presente em diversos níveis de análise: na dupla possibilidade na interação com o espectador, no material utilizado (nanquim, acrílica e papel X padrões criados e impressos digitalmente), no uso de técnicas (desenho de observação, desenho figurativo, colagem X utilização de referências fotográficas da internet e/ou manipuladas digitalmente) e no conteúdo das imagens.

Os temas de cada obra são diversos, assim como os estilos e soluções utilizados, como desenho realista, autorretrato, surrealismo, cartoon ou mesmo abstracionismo, evidenciando a influência de minha formação em Artes Visuais, do trabalho como ilustrador publicitário/ editorial e a multiplicidade de estilos que o mercado requisita. Não existe nelas, porém, a intenção de comunicar uma verdade ou conclusão, mas de expressar através de metáforas visuais reflexões sobre o cotidiano atual, sobre as relações interpessoais via mediadores digitais, sobre a relação do indivíduo consigo mesmo e quanto à relevância da própria arte na era da informação.

Embora as versões físicas e digitais sejam, em princípio, as mesmas imagens, apresentam também diferenças no resultado de experienciar seus pares. Considerando que monitores e smartphones tenham a função de comunicar fielmente (ou de forma mais atraente) a realidade do outro lado da tela, ainda não possuem a capacidade de reproduzir a experiência visual do ser humano. A imagem virtual já está decodificada, redimensionada e planificada, alterando a percepção das linhas e hachuras do desenho, enquanto que o olho do espectador percebe até mesmo as reentrâncias e saliências da textura tridimensional do papel. Estas diferenças podem alterar a compreensão, a trajetória do olhar e até mesmo o tempo de apreciação, não necessariamente para melhor ou pior.

A exposição é, desta forma, um convite a contemplar ambas as versões simultaneamente (no Café do Porto e pelo Instagram: @yujischmidt) e refletir qual das versões é a obra final: Digital ou física?

Como trajetória artística, este é o início de um processo de busca por uma linguagem pessoal figurativa, em contraponto com trabalhos anteriores baseados no desenho abstrato.


Yuji Schmidt – Biografia Resumida
Gaúcho nascido em Porto Alegre, sou filho de alemães pelo lado paterno e de japoneses pelo materno.  Uma combinação inusitada, de imigrantes que sobreviveram à fome e à guerra e de uma cultura de amor à imagem e à narrativa trazida por meu pai, proprietário de cinema e centro cultural.

Influenciado pelo cinema mudo de Chaplin e Harold Lloyd por um lado e pelos mangás e games japoneses de outro, aos 13 anos, já com a ideia de me tornar profissional, ilustrei meu primeiro livro, uma história infantil criada pelo autor de livros infantis Caio Riter (Pra Lá e Pra Cá, WS Editora).

Cursei a faculdade de Artes Visuais na UFRGS, ganhando o título de Bacharel em 2008 e em 2010, realizei minha primeira exposição individual, ‘Jogos de Desenho’, na galeria Augusto Meyer da Casa de Cultura Mario Quintana (Porto Alegre, RS).

Em 2013, lançei meu primeiro livro infantil (como profissional), “Fidalgo, Finório e Firula” (Ed. Libretos),  escrito pela Letícia Möller, na 59ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Sou ilustrador autônomo há mais de 7 anos, trabalhando para o mercado publicitário, editorial e diversos outros, com clientes como Unilasalle, RBS TV, Cerveja Polar e a marca polonesa de camisetas PG Wear. Atuo também como professor de desenho e ilustração.